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História 
do Círio

A origem da imagem de Nossa Senhora de Nazaré

A tradição mais conhecida relata que, em 1700, Plácido José de Souza, um caboclo descendente de portugueses e de índios, andava pelas imediações do igarapé Murutucu, em Belém - área que corresponde hoje aos fundos da Basílica de Nazaré - quando encontrou entre pedras lodosas uma pequena estátua deteriorada de Nossa Senhora da Nazaré entalhada em madeira, com aproximadamente 28 cm de altura.

Plácido levou a imagem para casa, a limpou e improvisou um altar de culto. Segundo a história, a estátua retornou inexplicavelmente ao seu lugar de origem e o caboclo a levou novamente para casa. O fato se repetiu por diversas ocasiões, até que Plácido achou tratar-se de um sinal divino e decidiu erguer uma pequena ermida no local. A divulgação do milagre atraiu a atenção dos habitantes da região, que passaram a visitar a capela para homenagear Nossa Senhora de Nazaré. Até que o então Governador da Capitania do Grão-Pará, Francisco Maurício de Sousa Coutinho, determinou a transferência da imagem para a capela do Palácio da Cidade, em Belém. Dias depois, mesmo sob a guarda do Palácio, a imagem desapareceu novamente, ressurgindo na capela construída por Plácido. Deste modo, a devoção adquiriu caráter oficial. Hoje, no lugar da primitiva ermida, localiza-se a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré.
 

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O nascimento do Círio

Em 1773, o Arcebispo de Belém do Pará, João Evangelista Pereira da Silva, colocou a cidade sob a proteção de Nossa Senhora de Nazaré. No início do ano seguinte, a imagem foi enviada a Portugal para ser restaurada, retornando a Belém no mês de outubro desse mesmo ano. Ao chegar ao porto da capital paraense, a imagem foi transportada por fiéis até o Santuário. A romaria foi acompanhada pelo Governador, pelo Bispo e por outras autoridades civis e eclesiásticas, marcando o início do primeiro Círio de Nazaré, que desde então é realizado anualmente, sempre no segundo domingo do mês de outubro.

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